Capsulite adesiva (ombro congelado) | Centro de Preservação Articular Dr. Marcio Rubin
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Dr. Marcio Luiz Librelotto Rubin (Ortopedista e traumatologista)

Capsulite adesiva (ombro congelado)

A capsulite adesiva, também conhecida como ombro congelado, é uma condição caracterizada por dor intensa e limitação progressiva dos movimentos do ombro, afetando significativamente a funcionalidade do membro superior. Uma das estruturas-chave envolvidas é a cápsula articular, que funciona como uma “capa” estabilizadora e protetora da articulação.

A síndrome inicia-se com um processo inflamatório na cápsula articular, e seus principais gatilhos incluem pequenos traumas e esforços repetitivos. O quadro clínico da capsulite adesiva é dividido em três fases principais:

Fase 1: Aguda ou Inflamatória

Caracterizada por dor intensa, muitas vezes exacerbada à noite, comprometendo a qualidade do sono. Nessa fase, o paciente apresenta grande dificuldade para realizar atividades cotidianas, como vestir-se ou pentear o cabelo. A duração dessa fase varia de 3 a 9 meses.

Fase 2: Congelamento

Nesta etapa, ocorre uma rigidez progressiva da articulação, que resulta na perda significativa dos movimentos do ombro. As primeiras limitações surgem na rotação interna e externa, dificultando, por exemplo, colocar um sutiã ou pegar algo no bolso traseiro da calça. Movimentos como elevar ou abrir o braço também se tornam limitados. Essa fase pode durar de 4 a 6 meses.

Fase 3: Descongelamento

Nessa última fase, o ombro começa a recuperar gradualmente sua amplitude de movimento, permitindo ao paciente retomar atividades diárias. O período de recuperação pode variar entre 5 e 24 meses.

Causas e fatores associados

A capsulite adesiva geralmente acomete pessoas entre 40 e 60 anos e está frequentemente associada a condições como diabetes, particularmente em pacientes que fazem uso regular de insulina. Outras causas incluem tendinites, depósitos de cálcio, degeneração articular, imobilização prolongada e complicações de cirurgias cardíacas ou de mama. Em alguns casos, a condição é considerada idiopática, ou seja, sem uma causa aparente.

Tratamento

O tratamento inicial foca no alívio da dor e na recuperação gradual dos movimentos. Fisioterapia e acupuntura são métodos frequentemente utilizados, embora exijam paciência devido à recuperação gradual. Bloqueios analgésicos, que consistem em injeções de anestésico nos terminais nervosos da articulação, também têm se mostrado eficazes para alívio mais rápido dos sintomas.

Nos casos em que o tratamento conservador não apresenta resultados satisfatórios, a artroscopia pode ser indicada. Esse procedimento permite a liberação das estruturas retraídas e restauração dos movimentos da articulação. Por se tratar de uma intervenção cirúrgica, é recomendada apenas para casos mais resistentes aos métodos não invasivos.

Com o manejo adequado, a maioria dos pacientes consegue retomar suas atividades diárias com sucesso.

 

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