Fraturas do Terço Proximal do Úmero | Centro de Preservação Articular Dr. Marcio Rubin
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Dr. Marcio Luiz Librelotto Rubin (Ortopedista e traumatologista)

Fraturas do Terço Proximal do Úmero

As fraturas e luxações que acometem o terço proximal do úmero representam aproximadamente 5% das fraturas em adultos. Na maioria dos casos, são fraturas sem deslocamento ou com deslocamento mínimo, que podem ser tratadas sem a necessidade de cirurgia.

Essas fraturas geralmente ocorrem em pacientes idosos, cuja fragilidade óssea facilita a ocorrência de fraturas mesmo com traumas leves. Em pacientes mais jovens, por apresentarem estrutura óssea mais robusta, as fraturas tendem a ser causadas por traumas de maior intensidade, resultando em lesões mais complexas e de tratamento desafiador.

As principais complicações associadas a essas fraturas incluem:

  • Pseudoartrose: Não consolidação da fratura.
  • Necrose da Cabeça do Úmero: Decorrente de lesão nos vasos sanguíneos que nutrem o osso.
  • Consolidação Defeituosa: Alterações na anatomia óssea após a cicatrização.

Tratamento

O tratamento dessas fraturas depende de vários fatores, como o tipo de fratura, os desvios presentes, a idade e as condições clínicas do paciente, assim como o nível de atividade física. As fraturas são classificadas conforme o número de fragmentos ósseos, conhecidos como “partes”.

Fraturas sem desvios

Se não houver desvio na fratura, é indicada a imobilização do ombro por cerca de quatro semanas. Após a consolidação clínica ou radiográfica, inicia-se a fisioterapia para recuperar os movimentos. Algumas fraturas podem ser liberadas da imobilização em um período mais curto, desde que não apresentem desvios significativos. Exames clínicos semanais são necessários para monitorar a redução da fratura.

Fraturas com desvios

As fraturas com desvios são tratadas com base no número de “partes” envolvidas. Quanto maior o número de fragmentos, maior é a complexidade do tratamento e pior o prognóstico.

  • Fraturas em três partes: Altamente instáveis, exigem tratamento cirúrgico com pinos de fixação óssea e suturas nos fragmentos menores.
  • Fraturas em quatro partes: Apresentam mau prognóstico devido à alta incidência de necrose da cabeça do úmero, resultante de lesões vasculares no momento da fratura. Geralmente, o tratamento envolve a substituição do fragmento afetado por uma prótese de ombro. Em pacientes jovens, essas fraturas podem ser tratadas com métodos alternativos à prótese, exigindo avaliação especializada.

Com um tratamento adequado e acompanhamento regular, muitas dessas fraturas podem ser tratadas com sucesso, promovendo a recuperação funcional do ombro e minimizando as complicações a longo prazo.

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