Fraturas por estresse do Quadril | Clínica Dr. Marcio Rubin
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Clínica Dr. Marcio Luiz Librelotto Rubin (Ortopedista e traumatologista)

Fraturas por estresse do Quadril

As fraturas por estresse no quadril eram mais comumente observadas em soldados, que marchavam por longos períodos com calçados inadequados sobre superfícies duras. Hoje, esse tipo de lesão é mais frequente entre atletas, especialmente corredores de longas distâncias, como maratonistas.

Tipos de Fraturas por Estresse

Existem dois tipos principais:

  1. Fraturas por Insuficiência: Ocorrem em ossos fragilizados que não suportam forças normais.
  2. Fraturas por Fadiga: Desenvolvem-se em ossos normais submetidos a esforços extremos, como atividades repetitivas ou intensas. Este é o tipo mais comum de fratura por estresse no quadril.

O que é uma fratura por estresse no quadril e onde ela ocorre?

Esse tipo de fratura geralmente acontece no colo do fêmur, localizado logo abaixo da cabeça femoral. Essa região, sendo mais fina, concentra grande parte do estresse exercido no fêmur, principalmente durante a corrida, quando o impacto na área triplica. As fraturas começam como fissuras discretas, mas podem evoluir para deslocamentos graves se não tratadas.

Classificação das fraturas por estresse

  1. Fraturas de Compressão: Ocorrem no lado interno do colo femoral.
  2. Fraturas de Tensão: Localizadas no lado externo do colo femoral, apresentam maior risco de complicações.
  3. Fraturas Deslocadas: Caracterizadas pela quebra completa do osso, com perda de alinhamento. Esse tipo pode comprometer os vasos sanguíneos que nutrem a cabeça femoral, causando necrose avascular.

Fraturas por estresse também podem afetar outras áreas, como a diáfise do fêmur, o grande trocânter e a pelve, embora sejam menos comuns.

Causas

As fraturas por estresse ocorrem devido a estresses repetitivos no osso, superando sua capacidade de adaptação. Esse processo é comparável a dobrar repetidamente um clipe de metal até que ele se quebre. Embora os ossos geralmente se adaptem a novas demandas (conforme a lei de Wolff), exercícios intensos e repetitivos, como corrida, podem superar essa capacidade.

Estudos mostram que atletas que desenvolvem fraturas por estresse geralmente treinam há mais de dois anos, com alta frequência e intensidade. Mulheres têm dez vezes mais chances de desenvolver essas fraturas, possivelmente devido a fatores hormonais e alimentares. A idade também é um fator de risco, independentemente do nível de atividade.

Sintomas

Os principais sintomas incluem dor na região anterior da virilha, que melhora com o repouso. Atividades intensas agravam a dor, que pode levar o paciente a mancar ou interromper as atividades.

Diagnóstico

O diagnóstico é baseado em exames de imagem. Embora raios-X possam não revelar o problema inicialmente, cintilografias ósseas e ressonâncias magnéticas geralmente conseguem identificar as fraturas precocemente.

Tratamento

Tratamento Não Cirúrgico:

Fraturas de compressão podem ser tratadas de forma conservadora, com repouso e o uso de muletas por cerca de 4 a 6 semanas. A dor pode ser controlada com calor, frio ou analgésicos. Fraturas de tensão também podem ser tratadas dessa forma, desde que não apresentem risco de deslocamento. Em casos com risco, é recomendada a cirurgia.

Cirurgia:

Para fraturas com risco de deslocamento, a cirurgia é essencial. Normalmente, ela envolve a fixação do osso com parafusos através do colo femoral, guiada por imagens de raios-X para maior precisão. Em casos graves, especialmente em pacientes mais velhos, pode ser necessária uma prótese total do quadril. Em adultos jovens e ativos, a preferência é por procedimentos que preservem a articulação.

A escolha do tratamento dependerá da gravidade da fratura e das condições do paciente, sempre visando a melhor recuperação possível.

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